(FOTO SURRIPIADA AO SEMANÁRIO SOL ONLINE)
Ontem, de domingo para segunda-feira, eram para aí umas cinco horas da manhã, tocou o telemóvel. Era Aníbal Cavaco Silva. Como já é costume, “ó pá, desculpa estar a ligar-te agora, a esta hora, mas como estava sem sono, aproveitei para trabalhar. Estou a pensar em vetar a lei do financiamento dos partidos, o que achas?”
O que acham que lhe deveria responder? Claro que sim, senhor presidente, disse, ao mesmo tempo que dobrava a espinha até quase ao chão. Ainda tenho aqui umas “pontadas” que, quase de certeza, foi do esforço dispendido.
“Pois, ainda bem que concordas comigo, não posso tolerar esta rebaldaria. Isto é o cúmulo! Querem gastar à “tripa-farta”, sem controle. Já viste se eu promulgasse este aborto legislativo? O pessoal ia-me cair em cima. Nem quero pensar! Numa altura em que se pede contenção aos portugueses, estes gajos querem gastar à vontade. Onde é que isto já se viu?”
Coitado do presidente, senti mesmo que estava em baixo. Palavra de honra que se não estivesse tão longe tinha-lhe oferecido um ombro. Depois da vitória da Manuela, sempre supus que estivesse mais feliz. Certamente anda cansado e desanimado. Os seus amigos estão todos a tramá-lo. Como eu o compreendo. Juro pela minha avozinha que não queria estar no lugar dele. Farta-se de trabalhar e é mal pago. Preferia ir para deputado europeu, mal-por-mal…
terça-feira, 9 de junho de 2009
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