sexta-feira, 1 de agosto de 2008

CAVACO FALOU...E NINGUÉM PERCEBEU NADA



Ó Doutor Aníbal, desculpe lá, mas não entendi nada do que disse. Então salta o amigo da paz paradisíaca do rectângulo da sua toalha de praia, interrompendo as suas merecidíssimas e legitimíssimas férias, para falar do Estatuto dos Açores, do Tribunal Constitucional, e que lhe estão a roubar o seu pouquíssimo poder de intervenção?! Ó homem, queixe-se à ASAE. Se eles estão a exacerbar os seus poderes, pode ser considerado especulação. Queixe-se, homem de Deus! Sabe como deve fazer, sabe? Se precisar de uma ajudinha, é só telefonar. Pode contar comigo.
Do seu incondicional.
Luís Fernandes

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro Luis Fernandes, acho demasiado simplista, redutor, e em alguns comentários até desrespeitador, considerar insignificante a nota do P.R.
Eu apesar de tudo espero e desejo que seja o inicio de uma nova forma de estar e encarar os problemas que hoje afectam os portugueses. Haja alguem que intervenha, que lute contra a cegueira de quem nos governa.Que esse alguém seja o P.R.
Porque, meu caro, o estatuto politico-administrativo dos Açores, da forma como está a ser tratado actualmente, depois das considerações do T.C., revela bem essa cegueira, para não dizer outra coisa.

LUIS FERNANDES disse...

Meu caro anónimo, em primeiro lugar os meus sinceros agradecimentos por ter comentado. Quanto ao facto de discordar da sua opinião, que fundamentarei já em seguida, isso aqui é irrelevante, o que importa é a saudável troca de opiniões. Como sabe não há verdades absolutas, há sim verdades relativas, e, nessa relatividade, quer dizer que, provavelmente ambos teremos razão.
Vou então defender a minha dama. Logicamente que não conheço a proposta de alteração do Estatuto dos Açores. Porém uma coisa lhe digo, tal como a competência do Presidente da República poder dissolver a Assembleia da República ( alínea e, do art.º 133º da CRP),mesmo de depois de ouvidos os partidos e o Conselho de Estado, quanto a mim, é demasiado poder centralizado numa pessoa só, ainda que seja a mais alta instância da República. Imagine que um dia destes Cavaco Silva, porque dormiu mal, ou quer fazer um jeito a Manuela Ferreira Leite, decide dissolver a Assembleia da República, ou qualquer das Assembleias Regionais, alguém lho pode impedir? Nem o facto de ouvir os partidos ou o Conselho de Estado, que não é vinculativo, pode obstaculizar o que quer que seja.
Além de mais, e mostrando um recente episódio a fundamentar o que digo, refiro-lhe a dissolução de Jorge Sampaio, ao governo de Santana Lopes, que veio a dar a maioria ao PS. Pessoalmente não formo juízos de valor, no entanto, posso garantir-lhe que meio país teve muitas dúvidas e ficou a pensar que esta dissolução foi um "frete" do anterior Presidente da República ao seu partido.
Em conclusão, fosse ou não fosse, só o facto de existir suspeita é mau, muito mau. E para que tal não aconteça nada melhor que retirar os plenos poderes a um homem só.
É o que penso, e defendo esta minha teoria com unhas e dentes.
Volto a reiterar que respeito a sua.