sexta-feira, 27 de junho de 2008

Uma questão de dimensão!


Actualmente os recursos energéticos (ou a falta deles) dominam a actualidade e para percebermos melhor como estes "gigantes industriais" funcionam deixo-vos o exemplo Gazprom!

A Gazprom, empresa privada de derivados petrolíferos com sede na Rússia, produz 20% do gás natural do mundo e 25% da UE, detém 16% das reservas mundiais do dito gás e é a 3ª maior empresa mundial em termos do valor das acções. Está também com uma posição muito forte no negócio do petróleo tendo-se "fundido" com a empresa estatal de petróleo russa Rosfnet dando origem à Gazpromneft que pouco tempo depois adquiriu a Yugansk aumentando a sua quota nas reservas petrolíferas russas sobre as quais pretendem exercer monopólio adquirindo as 3 grandes empresas petrolíferas russas que ainda não controlam, o que lhes permitirá também ser muito representativos a nível mundial controlando campos petrolíferos por todo o Globo. Possuem ainda um clube de futebol, o Zenit, que este ano conquistou a taça UEFA e que parece ser o mais recente "passatempo" dos dirigentes da empresa tendo investido mais de 100 000 000€ no clube.

Até aqui tudo menos mal. O pior vem a seguir!

A Gazprom e o governo há muito tempo mantêm um relacionamento próximo, mas a dança das cadeiras entre eles está cada vez mais óbvia: Medvedev substitui Putin como presidente; Putin torna-se primeiro-ministro, substituindo Viktor A. Zubkov; e Zubkov assume o lugar de Medvedev como presidente da Gazprom.

Assustadora esta promiscuidade, especialmente quando as nossas sociedades estão completamente dependentes dos energias fósseis!

Agora reduzimos isto à nossa realidade local e mudamos os oligarcas. Em vez do governo de um país temos apenas um partido político com ambições a conquistar uma autarquia. Não vendem petróleo mas casas ou outra coisa qualquer. Ainda não vão à bola, mas entretêm-se com carnavais e (infelizmente) com a Misericórdia.

No fundo a desmedida ambição de poder está lá na mesma! Pouco importa o povo ou o bem comum, quem está ao nosso lado ou quem temos de atropelar e, infelizmente, parece que no mundo e na política de hoje subsistem as boas maneiras romanas: "Conhecê-los, amá-los e FOD...."!



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