sexta-feira, 30 de maio de 2008

Não há peixe para ninguém...





Não me surpreendem notícias como estas... Estamos num país subsídio-dependente... um dos sectores que mais apoios tem dentro do Ministério da Agricultura, como é o caso das pescas, quer mais um subsídio este para fazer face aos aumentos que se têm vindo a sentir no preço dos combustíveis!!!


O que será do Estado Português se não deixar de fazer de regra a atribuição de subsídios??? Nestes casos só me lembro daquele provérbio: "se alguém te pedir peixe dá-lhe antes uma cana para ir pescar"...


Todos sabemos o que acontece aos subsídios e aos fundos que são dados para o Ministério da Agricultura... se o subsidio for para a vinha... arranca-se o que estava antes no terreno e planta-se vinha... se por seu turno for para o olival... então arranca-se a vinha e coloca-se olival... etc... etc... etc... até chegar ao cúmulo de arrancar vinha e colocar vinha, com um dos últimos subsídios que vieram da UE que queria que a vinha menos produtiva fosse substituída por outra que aumentasse a produtividade... claro está que a prática foi arrancar vinha sem distinção...


Mas voltando às pescas... o que fazer em relação aos pescadores (ou será em relação aos armadores)? Será a melhor ideia dar subsídios devido ao aumento dos combustíveis?


Não parece ser a melhor política, até porque a escalada do petróleo não se prevê parar no curto prazo... logo não se andará sempre a dar subsídios aos pescadores por cada aumento do gasóleo...


Talvez seja melhor para os armadores e pescadores que rentabilizem e aproveitem os seus subsídios, que não são tão poucos, para rentabilizarem a sua actividade e modernizarem os meios em vez de arrecadarem o dinheiro em tempo de "vacas gordas" e de mendigarem subsidio em tempo de "vacas margas".


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2 comentários:

Anónimo disse...

Eu digo-lhe os apoios que a pesca tem: isenção de impostos no combustivel comprado para os barcos a gasóleo. Ponto final.

Não há mais apoios. É a agricultura, não a pesca que tiveram ao longo dos anos muitos apoios.

E pasme-se, os pescadores pagam impostos: paam IVA, IRS, IRC, taxa para a Segurança Social, taxa para a Docapesca e ainda mensalidade para o Técnico Oficial de Contas. Tal como todos os outros pequenos e médios empresários portugueses.

A diferença é que muitos outros pequenos e médios empresários portugueses têm apossibilidade de fixar o preço do que produzem, os pescadores não. Em benefícios dos intermediários entre os pescadores e os consumidores.

Os pescadores pediram isenção da taxa para a Segurança Social, isenção de impostos na compra de gazolina para os barcos a gazolina e uma linha de crédito. Ou seja, não pediram um único subsídio.

O Governo só aceitou pensar na linha de crédito.

Os epscadores, comot antos outros portugueses que são empresários não deviam pagar tão pesada factura por um estado que consome mais de 50% do PIB per capita do país. Um belo dia, Portugal fica sem empresas privadas. E aí, salve-se quem puder...emigrando.

Anónimo disse...

Este post foi citado pelo Público de ontem, 31. Caderno P2, pg.2.