Foram anunciados, na última semana, alguns números da última edição do Carnaval da Mealhada e não posso deixar de focar alguns pontos:
-Esta edição fechou com um saldo positivo de cerca de 30 000€. Incrível como a pressão teve efeitos positivos neste ponto! Terá sido efeito só da boa gestão ou também dos cortes financeiros que afectaram em muito a qualidade do espectáculo? As escolas de samba dizem que foram os cortes e João Peres acrescenta "as escolas de samba foram obrigadas a poupar, mas no rei e sua corte nada se poupou, antes pelo contrário.".
-os reis Alexandre Borges e Óscar Magrini também o foram na remuneração e nos gastos: 18 800€ divididos entre cachet, viagens e custas de alojamento.
-Álvaro Miranda diz: "Este ano fizemos um inventário de todos o material. Estamos a trabalhar com muito rigor desde 2002...". Quanto a isto só tenho uma coisa a dizer: se o rigor fosse muito(ou até algum) desde 2002 já teria 7 inventários de material, 1 para cada carnaval.
-Escolas de samba recebem apenas 20% do orçamento. Parece-me pouco quando o cortejo se baseia neles e no seu espectáculo.
-Entradas no corso rendem 41 800€. E é aqui que eu ponho as maiores questões. Com o preço das entradas a 6€ e num exercício simples observamos que o número de visitantes de cifra nos 6967. Isto é preocupante. Compreendo todas condicionantes, mesmo atendendo que são as naturais e esperadas para esta altura do ano neste hemisfério, mas acho muito pouco(já para não dizer muito abaixo do inicialmente anunciado). Com estes números, e partindo do princípio (errado!) de que todas entradas pagas foram de pessoas de fora da região a Câmara Municipal da Mealhada, com o seu "pequeno" investimento de 100 000€, gastou a módica quantia de 14,35€ em "promoção" por cada visitante! É muito, especialmente se tivermos em consideração a imagem que foi dada do nosso concelho!
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