"Os dois grandes partidos nacionais reforçaram ontem a sua presença no Parlamento espanhol, à custa da Izquierda Unida e das pequenas formações nacionalistas. Uma participação maciça dos eleitores deu nova vitória ao PSOE e a José Luis Zapatero um novo mandato como chefe do Governo."
in Diário de Notícias
O povo espanhol dá mais uma prova da sua estabilidade política ao reeleger Zapatero e o PSOE! É esta uma das grandes vantagens da sua economia sobre a portuguesa. Esta reeleição vai, concerteza, aumentar os níveis de confiança dos investidores e dos consumidores em geral e ajudar a travar uma anunciada crise económica que já pairava sobre o país vizinho, apesar de patrões e sindicatos a negarem preferindo falar em desaceleração da economia. Esta inteligente posição tomada por associações empresariais e sindicatos dificilmente será assumida por parte dos congéneres portugueses que mantêm como "ponto de honra" o negativismo e muitas vezes até a crítica barata e leviana ao governo, qualquer que ele seja, desacreditando a nossa economia e pondo em causa a nossa imagem junto de investidores estrangeiros, talvez tentando esconder as suas próprias fragilidades.
Sem estabilidade e confiança será impossivel encontrarmos o crescimento sustentado e para isso é necessária uma conjugação de forças por parte de todos: Governo, Empresários, Sindicatos, trabalhadores em geral, oposição e media, sendo estes últimos fundamentais para os já falados "níveis de confiança".
Mas voltando às eleições em si, não podemos falar de uma completa derrota do PP uma vez que conseguiu aumentar em 6 o número de deputados eleitos, passando a contar agora com 154 representantes enquanto o PSOE "só" conquistou mais 5 deputados tendo agora nas suas fileiras 169 tribunos, ainda a uns "largos" 7 deputados da maioria absoluta. O bipartidarismo acentua-se e todos os outros partidos perdem deputados numa clara aproximação "ao centro" por parte do eleitorado(talvez mais um ponto a favor da estabilidade!).
Em discurso de vitória Zapatero salientou as suas pretensões em fomentar o "diálogo social" e em "corrigir erros".
Aguardamos o anúncio de uma esperada coligação, sendo que o Convergència i Unió, com 11 deputados, se apresenta como o mais sério candidato a "parceiro de governo" do PSOE neste cenário.
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